Felipe Massa tinha tudo para sair de Cingapura como líder do Mundial de Fórmula 1. Liderava a primeira corrida noturna da história com autoridade desde o início mas um pit-stop desastroso da Ferrari o jogou para o último lugar e tirou suas chances de vitória, que acabou com Fernando Alonso após confusa seqüência de acontecimentos durante uma intervenção do safety-car. No fim, Massa ficou em 13º lugar e não somou pontos, enquanto seu rival na briga pelo título Lewis Hamilton marcou seis com a terceira posição. Agora, o inglês da McLaren tem sete pontos de vantagem (84 a 77) sobre o brasileiro da Ferrari a três provas do fim da temporada.
O infortúnio de Massa aconteceu na volta 18 de um total de 61. Quatro passagens antes, Nelsinho Piquet havia batido seu Renault, obrigando o safety-car a entrar na pista. Pilotos como Nico Rosberg (Williams) e Robert Kubica (BMW Sauber) entraram nos boxes de forma irregular, quando os carros ainda não estavam reagrupados, e mais tarde receberiam punições, enquanto Massa, Hamilton e outros esperaram corretamente a abertura dos pits.
O brasileiro parou, foi liberado pela equipe através da luz verde de um painel localizado acima do ponto de parada, mas um dos mecânicos ainda terminava o reabastecimento. Com isso, Felipe saiu arrastando a mangueira e por isso teve de parar no fim do pit-lane para que ela fosse retirada. Depois de perder todas as posições, Massa ainda foi punido por ter saído "de forma insegura" dos boxes e perdeu qualquer chance de pontuar, já que ficou preso atrás de pilotos mais lentos no apertado traçado de Cingapura.
Quem se deu bem com a confusão foi Alonso, que, após largar em 15º depois dos problemas mecânicos na classificação, fez seu primeiro pit-stop muito cedo, antes da entrada do safety-car, e chegou à ponta com as paradas dos demais pilotos e a punição a Rosberg, que havia assumido a liderança com o pit-stop irregular. Mesmo com a parada extra, Rosberg acabou em segundo lugar à frente de Hamilton, que, diante do problema com Massa e das dificuldades com o tráfego após a dança das posições, resolveu garantir o pódio.
Também pontuaram Timo Glock (Toyota), em quarto, Sebastian Vettel (Toro Rosso), em quinto, Nick Heidfeld (BMW Sauber), em sexto, David Coulthard (Red Bull), em sétimo, e Kazuki Nakajima (Williams), em oitavo. Nelsinho Piquet, com o acidente, abandonou a corrida a exemplo de Rubens Barrichello, que parou com problemas no seu Honda.
As emoções da corrida só começaram mesmo após a confusão causada pela entrada do safety-car. Antes disso, Massa, Hamilton e Raikkonen abriram uma vantagem enorme sobre os demais pilotos. Depois da bandeira amarela, com os carros reagrupados, as disputas por posições foram intensas. Rosberg era o líder naquele momento e abriu vantagem sobre Jarno Trulli e Giancarlo Fisichella, que, com uma estratégia de apenas um pit-stop, seguravam um longo pelotão.
Quando Rosberg foi punido e quem não havia feito o reabastecimento durante a intervenção do safety-car entrou nos boxes, Alonso tomou a ponta e começou a abrir, já que seu carro tinha bom rendimento. Entretanto, quase no final, uma batida de Adrian Sutil causou nova entrada do carro de segurança, o que reagrupou os pilotos de novo. Em seguida, as principais posições foram mantidas, mas Kimi Raikkonen bateu sua Ferrari quando ocupava o quinto lugar. Desta vez, o safety-car não entrou e os pilotos trataram de levar os seus carros até o final.
No final, muita festa de Alonso, que fez as pazes com a vitória e ainda se tornou o vencedor do GP de número 800 na história da Fórmula 1. Além disso, quebrou um jejum de vitórias da Renault, que vinha desde o GP do Japão de 2006, vencido pelo próprio Alonso.
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